sexta-feira, agosto 03, 2012


Para Que Outros possam viver vale a pena doar-se em sacrifício

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"Pra que outros possam viver vale a pena morrer, pra que outros possam viver... Pra que outros possam sorrir vale a pena chorar, pra que outros possam viver..." Livres Para Adorar

Outro dia estava em um encontro familiar maravilhoso e conversava sobre as coisas do Reino com um grande amigo, esposo da minha prima Betinha,  o Aristeu Xavier. Estávamos em uma conversa maravilhosa, compartilhávamos sobre como é simples a vontade do Senhor de que possamos amar ao nosso próximo e a Deus de todo nosso coração, que nem sempre concordaremos em tudo, mas que o amor e respeito tem que vir sempre em primeiro lugar, e entre outros assuntos.  Como já é de costume toda vez que nos encontramos compartilhamos da palavras e louvores pelo celular e o que naquela tarde ele disse e que muito me chamou atenção foi sobre os jovens morávianos, que até então eu nunca havia escutado nada a respeito. Ele fez o resumo da história que ficou guardada em meu coração, fiquei ansiosa para chegar em casa e correr para pesquisar mais sobre aquele fato.

Então, pesquisei e quero compartilhar aqui.  A história  dos morávianos se passou em Hernhut, na Alemanha no século 18, onde criou-se um grande movimento de oração entre os morávianos, eles  foram os primeiros cristãos a colocar em prática que a evangelização aos perdidos é dever de toda a igreja, pois antes era apenas de responsabilidade de alguns indivíduos isolados e do governo. Eles chamaram a responsabilidade do Ide por todo mundo, pregai o evangelho a toda criatura(Mc. 16:15)para si, como responsabilidade de toda igreja local, essa concepção era única entre eles.  Os morávianos era um povo sofrido, se identificavam naturalmente com os que sofriam de alguma forma, com os  que eram abandonados, crendo eles ser o Espírito Santo  “missionário” primário, eles aconselhavam que todos procurassem as primícias e as pessoas que o Espírito Santo colocassem em seus caminhos para anunciar o Reino de Deus, para eles o crescimento do Reino estava a cima do crescimento denominacional.

 

A obra missionária era fortalecida espiritualmente por orações continuas, acredito que foi de lá que surgiu o primeiro relógio de oração, foi quando em  1727, aconteceu um grande avivamento, os morávianos começaram uma grande virgília que virava o relógio 24h por dia, que durou por quase 100 anos. Eles eram tão envolvidos com essa visão de que missões e igreja deveriam estar ligados,  que toda a igreja tornou-se uma sociedade missionária e enviou cerca de 70% dos missionário protestantes que deixaram a Europa no século 18.

 

E foi durante esse período que dois jovens morávianos de 20 anos ouviram falar de uma ilha no leste da Índia , cujo o dono era um agricultor britânico e ateu. Ele tinha feito cerca de 2000 pessoas que viviam na floresta da África seus escravos.  Os dois jovens movidos tocados pelo fato de que aqueles escravos passariam o resto de suas vidas naquele local como escravos sem sequer ouvir a palavra de Deus, resolveram entrar em contato com  o dono da ilha.

Os Jovens fizeram contato e perguntaram se poderiam ir à ilha como missionários, a resposta do dono foi curta e grossa: Não, nenhum pregador ou clérico chegarão a ilha para falar dessas coisas sem sentido.  Não conformados com a resposta que tiveram, resolveram voltar a orar. E algum tempo depois resolveram fazer uma nova proposta:  -Sr. e se nós fossemos para ilha como seus escravos?? O agricultor disse que até aceitava, mas que não pagaria nem o transporte para os jovens chegarem a ilha. Os jovens movidos pelo amor e tendo um foco além de tudo aquilo que estava diante deles, usaram o valor das suas vendas para o custo da viagem.

 

Chegou o dia dos jovens embarcarem rumo a ilha e já no porto, os dois jovens se despediam dos seus familiares, amigos e irmão em Cristo, todos bastantes comovidos com a decisão dos jovens choravam muito, oravam e se abraçavam, pois sabiam que nunca mais iam os ver novamente.  Alguns perguntavam porque haviam tomado essa decisão inesperada e quando o barco já estava se afastando do porto, os dois jovens ergueram suas mão para o céu e declararam em voz alta para que todos pudessem ouvir: “PARA QUE O CORDEIRO QUE FOI IMOLADO RECEBA A RECOMPENSA POR SEUS SACRIFÍCIO ATRAVÉS DAS NOSSAS VIDAS”.

 

A Igreja dos Irmãos Morávios continua ativa até hoje, mas seu legado é visto também em outras denominações. John Wesley foi grandemente influenciado pelos morávios e incorporou algumas de suas preocupações ao movimento metodista. William Carey, muitas vezes considerado o pai das missões modernas, estava, na verdade, seguindo os passos dos missionários morávios. “Vejam o que os morávios fizeram”, comentou ele em determinada ocasião. “Será que não poderíamos seguir seu exemplo e, em obediência a nosso Mestre Celestial, ir ao mundo e pregar o evangelho aos incrédulos”? Paul Pierson, missiólogo, escreveu: “Os Morávianos se envolveram com o mundo das missões como uma igreja, isto é, toda a igreja se tornou uma sociedade missionária”.

 

Essa história está até hoje queimando em meu coração, o grandioso amor que motivou esses jovens a tomar tal atitude. Olhei para minha vida e vi que não tenho feito nada comparado a atitude desses irmãos. Tenho visto que estou doando muito pouca atenção e até mesmo tempo das 24hs que recebo diárias do Senhor. Nem os 10% do meu dia tenho dedicado a missões, de uma forma mais especifica falando de missões como amor aos perdidos. Tenho percebido que nos dias atuais temos sido jovens muito relapsos com o que a nós foi proposto para fazermos. A nossa vida tem girado em torno do nosso umbigo, temos corrido atrás de coisa e efeitos que cada vez mais possa está nos motivando a seguir alegremente dentro da casa do Senhor.


Quando é um show gospel bomba de jovens(quero deixar claro que não sou contra, até curto demais), mas se for um mero evangelismo sábado ou domingo, pouquíssimos aparecem e quando aparecem esquecem a coragem e a alegria que os motivaram para ir aquele show de outro dia. Fiquei imaginado qual foi a motivação que aqueles jovens tiveram para abrir mão de suas vidas, de seus familiares, talvez sonhos e projetos, para se venderem como escravos até o ultimo dia de suas vidas, numa ilha desconhecidas com um dono sem coração, em outras palavras eles pegaram suas vidas e disseram: -Somos seus! Sabendo que a parti daquele momento não teriam mais direito algum sobre suas vidas, que iriam ter que aceitar tudo o que o seu “dono” quisesse ou impusesse a eles.


 O engraçado é que nós fazemos o mesmo quando entregamos a nossa vida ao Senhor, mas não fazemos muitas vezes o que o nosso Dono e Senhor quer das nossas vidas, queremos nós mesmos tomar as rédias de nossas vidas, controla-la como bem quisermos sem o governo do nosso Senhor. Ele nos diz amai-vos uns aos outros, e cada vez mais temos visto que tem crescido uma massa de cristãos hipócritas que se acham os "santos dos santos" e só o que fazem é julgar uns aos outros,  não são misericordiosos para suportar quem precisa em amor,  o entendimento distorcido tem crescido cada vez mais na igreja do Senhor, e ela que tem que ser conhecida pelo amor como nos diz a palavra de Deus. Se fosse continuar sobre esse assunto passaria horas e horas e ainda teria pano para as mangas como diz minha mãe, mas deixarei o assunto para uma outra pauta, rsss. Que possamos através desse maravilhoso exemplo dos irmãos morávianos refletir o que temos feito de nossas vidas em favor do Reino de Deus, o que realmente é que tem nos motivado a fazer a obra do Senhor. Que Deus nos abençoe, forjando em nós corações que amam ao Senhor sobre todas as coisas.

 

Estou a cada dia mais convencida que não devo orar se não estou disposta a ser resposta pelo o que estou orando. “… Deus é poderoso pra fazer muito mais…. de acordo com Seu poder que opera em nós” (Ef. 3:20)  Deixarei uma musica para que possamos meditar, entendendo que esse amor tão grande de entregarmos as nossas vidas como oferta, para que o cordeiro receba a recompensa através de nós só acontecerá pela graça! Isso é um dom do Senhor!! 






domingo, julho 29, 2012


No Caminho de Emaús com um Grande Amigo

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Já fazia algum tempo que eu não postava, mas Deus tem me incomodado muito a respeito desta reflexão que foi feita a alguns anos, o Senhor ministrou fortemente ao meu coração quando li a  passagem de Lucas 24:13-32, lembro-me que passava por um momento muito difícil, eu estava passando justamente pelo caminho de Emaús. Sei que esta passagem foi um bálsamo ao meu coração naquele momento, fui escrevendo exatamente o que o Senhor ministrava ao meu coração e salvei. E foi exatamente a alguns meses que com a perda de uma grande amiga, a Martinha, que me encontrei naquele mesmo caminho de dor novamente, mas o Senhor lembrou-me da palavra dada a anos atrás, o que fez com que meu coração fosse confortado novamente. Espero que o Senhor possa abençoar e trazer um ensinamento ao seu coração.

Lucas 24:13-32, a palavra diz que iam dois discipulos a caminho de uma aldeia chamada Emaús. Fui atrás do significado da palavra Emaús e encontrei um significado que tem muito haver com o que se passava no relato, Emaús significa "Busca de conselho". Nessa narrativa percebi que Emaús é um lugar de tristeza(v.17), é lugar de decepção(V.21), a gente ver que os discípulos andavam conversando e expressando uma grande indignação sobre o acontecido. Eles estavam profundamente machucados, entristecido, decepcionados, com um ar de abandono muito grande. E foi lendo e meditando sobre essa passagem que percebi que sem saber fiz muitas vezes essa caminhada de Emaús, afinal, quem nunca se entristeceu com algo ou alguém, quem nunca perdeu as esperanças, quem nunca sentiu aquela angustia terrível apertar o coração ou ficou profundamente deprimido a ponto de não enxergar uma solução ou saída para o seu estado?

Me encontrei em Emaús por diversas vezes e acredito que quem ainda não foi até lá, provavelmente ira algum dia. Os discípulos andavam fortemente frustrados e entristecidos com o coração partido, se sentindo abandonados pelo seu "Grande Amigo", o qual havia dito que estaria com eles sempre e jamais iria os deixar desamparados, eles naquele momento se viam completamente desamparados e desnorteados aparentemente. E foi exatamente quando Jesus aproximou-se dos dois, mas que por estarem tão angustiados não conseguiram enxergar que aquele que se aproximara era o seu "Grande Amigo", que não os tinham abandonado como havia dito antes, e Jesus não se conteve em apenas acompanha-los no caminho, mas os perguntou o porque que eles estavam tristes. E eles se surpreenderam com a tal pergunta e perguntaram se Ele era em outras palavra um "TURISTA" para não saber o que tinha ocorrido, porque todos da região estavam ciente do havia acontecido.

Fiquei impressionada com o tamanho da tristeza que os discípulos estavam, eles passaram três anos na companhia do seu Grande Amigo, se alimentando tanto espiritualmente como literalmente, aprendendo e compartilhando diversas coisas do dia a dia com Ele, a tristeza e a dor que eles sentiam eram tão grande a ponto de não conseguirem reconhecer e identificar a voz do seu Grande Amigo e Senhor, pela Sua ausência de apenas três dias. Percebemos que os amigos eram bem informados sabiam muito bem dos últimos fatos, até porque tinha presenciado de perto, mas não sabiam quem caminhava naque momento com eles. Levando para nossos dias, vemos que tem muitos bem informados a cerca de quem é Jesus, porém não abrem os seus corações para Ele, não o enxergam, não ouvem a Sua voz e não sabem como é caminhar ao Seu lado. 

O que aconteceu com os discípulos a varios anos atrás, nos acontece frequentimente nos dias atuais, temos vistos todos os dias que pessoas tem caminhado no caminho de Emaús, ou seja, tem sido abandonadas pelos pais, irmãos, avos, namorados, cônjuges e amigos, seja porque foram deixados por algum motivo de relacionamento ou até porque esses entes faleceram. Pude perceber lendo esta narrativa, que exatamente quando estamos nesse caminho tão difícil de ser atravessado é que o nosso Grande Amigo Jesus aproxima-se de nós bem devagar, Ele nos ouve atenciosamente, nos pergunta o que está nos fazendo ficar tristes, nos questiona se necessário, e nos dar sempre um maravilhoso conselho. Para Ele na verdade não é tão importante o que nos levou a Emaús, se foi nossos erros ou se foi a perda de alguém importante em nossa vida, o importante mesmo é que Ele quer caminhar ao nosso lado e nos sarar por completo com o seu grande amor, sua graça e misericórdia.

Talvez você que esta lendo esse texto, já tenha passado pelo caminho de Emaús ou até mesmo esta durante essa caminhada, encontra-se com o coração completamente partido e angustiado. Quero dizer que você não esta sozinho(a) ainda que pareça, saiba que o Grande Amigo Jesus está com você nessa caminhada, Ele é o Amigo que nunca te deixará, experimente conversar com Jesus durante a caminhada. Quando nos encontramos com o nosso Grande Amigo nesse caminho doloroso Ele nos dar uma nova visão, um bom conselho e renova a esperança adormecida pelo momento de dor, para que assim possamo seguir em frente sem sofrimento. 

Quero te dar uma boa noticia que está em II Coríntios 4:17 - "Porque a nossa leve e momentânea tribulação, produz para nós um peso eterno de glória mui excelente". Ou seja, a nossa tribulação tem prazo de validade, vai passar por mais dolorosa que tenha sido e nos produzirá um peso eterno de glória. A nossa caminhada fica bem menos angustiada quando nos deparamos com o nosso Grande Amigo Jesus e quando o ouvimos e seguimos os seus conselhos. #PenseNisso.

Um vídeo abençoado para alimentar a tua fé nessa caminhada!



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